Carta aos Belorizontinos!
Marcio Lacerda foi apresentado à população de BH nas eleições de 2008 por Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT), contrariando suas relações partidárias, adversárias, e qualquer coerência política. Diante da falta de opção, pois os outros candidatos não apresentaram proposta de governo relevante, Lacerda foi eleito.
O que aconteceu em seguida foi surpreendente: programas sociais foram suspensos, ou reduzidos, sem avaliar a sua importância para a população. Assim, a Secretaria de Abastecimento foi dilacerada e programas de Seguridade Alimentar finalizados. Além de desestruturar diversos programas sociais, Lacerda quer implantar Parcerias Público Privadas PPPs para a Saúde e a Educaçãoem BH. Aterceirização de serviços básicos vai deixar a população a mercê de empresas privadas e sem nenhuma garantia de qualidade e nem a quem reclamar. São tantas as medidas descabidas que vamos apresentá-las em tópicos:
- Reforma do Francisco Nunes prometida em campanha para ser concluída em 2009 e nem foi começada;
- Decreto proibindo a realização de eventos na Praça da Estação, depois substituído por outro que cobra pelo uso e exige segurança, limpeza e cerca particular para a Praça, desta forma só grandes empresas podem realizar Eventos na Praça da Estação;
- Cancelamento do FIT 2010, depois da pressão dos artistas, mudou de idéia e contradizendo as justificativas iniciais realizou um grandioso festival;
- Lançamento de Edital excludente para a Feira Hippe, na tentativa de retirar artesãos tradicionais e substituí-los por ONGs e empresas do relacionamento do Prefeito;
- Venda da Rua Musas, no Bairro Santa Lúcia, para a construção de um Hotel para a Copa 2014;
- Nomeação do próprio filho, Tiago Lacerda, para a direção do Comitê Local de Organização da Copa 2014, onde são administrados milhões de reais e interesses de empresas públicas e privadas;
- Mudança da classificação de tráfego das ruas, Albita, Bernardo Figueiredo, Ouro Fino, Opala, Oliveira e Cobre, no Bairro Cruzeiro, para viabilizar a construção de um grande shopping onde é o Mercado Distrital;
- Lançamento – ainda podemos barrar – das PPPs da saúde e educação, onde a construção, manutenção, limpeza e segurança de escolas e centros de saúde, passam para a iniciativa privada;
- Desapropriação inexplicada do Campo do Santa Tereza, que há mais de 30 anos serve a comunidade e agora a PBH quer vender;
- Loteamento da Mata dos Werneck, última grande área verdade da cidade com nascentes e matas, para a construção de hotéis para a Copa, enquanto a população que vive no Quilombo que lá existe é ameaçada de perder seu espaço conquistado há mais de 100 anos;
- Intransigência na negociação com as Comunidades: Dandara, Camilo Torres, Irmã Doroty e Torres Gêmeas, que sofrem ameaças e pressão para desocupar áreas abandonadas que ocuparam, sem que a Prefeitura apresente proposta de indenização ou moradia para as famílias;
- Perseguição aos moradores de rua e artesãos nômades, recolhendo seus pertences, documentos, roupas e cobertores, na tentativa de impedir a circulação destes no centro da cidade.
As arbitrariedades da administração Lacerda variam em dois sentidos. O primeiro é a exclusão popular: irregularidades no Orçamento Participativo, inoperância ou inexistência dos Conselhos Municipais e nenhum diálogo com a população. O segundo sentido é o elitismo: favorecimento de empresas e grandes empresários em detrimento da população.
O Movimento Fora Lacerda surgiu da indignação de várias pessoas com a administração atual e da possibilidade de repetição da candidatura de Lacerda. O Movimento é independente, apartidário e solidário aos diversos movimentos de enfrentamento aos desmandes do prefeito. Nossa visão é anti-neo-liberal, por uma administração humanista, inclusiva e com a participação popular. Além de não estarmos ligados a nenhum partido político, rejeitamos qualquer proposta de utilizar este Movimento em prol de algum futuro candidato a Prefeitura. A independência do Movimento Fora Lacerda é uma forma de demonstrar como a sociedade civil organizada pode influenciar e alterar os cursos políticos de uma cidade marcada por uma administração elitista, excludente e aversa a participação popular. Convidamos a população a levantar suas insatisfações com a administração Márcio Lacerda e a se unir ao Movimento Fora Lacerda. Somos muitos, estamos juntos e queremos uma BH mais humana e integrada.
Movimentos apoiadores:
Artesãos da Feira Hippe de BH: www.feirahippie.com
Praia da Estação: http://www.pracalivrebh.wordpress.com
Comitê Popular dos Atingidos Pela Copa 2014 – BH: http://www.atingidoscopa2014.wordpress.com
Salve a Rua Musas: www.salveamusas.com.br
outros mundos possíveis 
Sou comerciante, estabelecido na Rua Rio de Janeiro entre Tamoios e Tupis.
Sou contra atitudes arbitrárias por parte da polícia e poder público. Mas sou contra, também, a utilização do quarteirão fechado da Rio de Janeiro como banheiro e ponto de “fumo”. É fato. Passe por lá, principalmente nas quartas e sextas, pois frequento o Pop Kid, que se utiliza do quarteirão fechado para música ao vivo. Após às 19h, o local vira ponto de maconheiros, sendo os hippies que ali frequentam/trabalham, a maioria dos usuários.
Da mesma forma que o artesão reclama que não foi ouvido pela imprensa, nós, comerciantes, também não fomos ouvidos !!!! Fato. Não procuraram nenhuma entidade de classe que nos representa, como a Associação Comercial de Minas, o CDL ou a Associação dos Comerciantes do Hiper-Centro.
Não concordo com a forma como feita a ação policial. Mas concordo e apóio ações policiais, SIM, pois há utilização do local por diversos usuários de drogas, PRINCIPALMENTE, os artesãos.
E aí ? Tão interessados em discorrer sobre um fato ouvindo todas as partes envolvidas/interessadas ou o objetivo deste manifesto é apenas expor o ponto de vista dos artesãos ?? Será que todos eles são tão bacanas e coitados ??? Vocês frequentam ou utilizam o local ??
Eu tenho as minhas dúvidas.
Olá Naim!
Completando a resposta do Terrorismo Branco é importante prestarmos atenção em alguns detalhes. A polícia repreende os hippes não porque eles fumam ou usam a praça como banheiro, mas porque eles vendem sua mercadorias na rua e tem um visual muito diferente. São dois pontos graves: o primeiro é que há uma lei federal que garante ao artesão nomande um espaço de 1 metro quadrado nos passeios ou praças para venderem seus produtos. o segundo é a discriminação por causa do visual ou do modo de vida do sujeito. O que é mais grave ainda!
Quanto ao uso da praça como banheiro, revela uma incompetência da PBH, somos a única capital Brasileira que não tem banheiros públicos. Também já fui comerciante no centro e muitas vezes temos que emprestar nossos banheiros para a população. Quanto a maconha, atualmente o usuário não é mais julgado como criminoso, apenas tem penas alternativas, mas não determinaram onde pode ou não fumar, então fumam na praça mesmo, não é mais proibido e não apresentaram um espaço de convívio para este fim. Legal trocar idéias e perceber os detalhes, juntos podemos mudar esta situação. Abç,
Fidélis
Oi Naim,
A cidade é o espaço de todos. A Praça Sete não é nem dos comerciantes e nem dos artesãos, é um espaço público e por consequência passível de apropriação por todas as camadas da sociedade . Se fossem vocês os agredidos, estaríamos expondo aqui no Blog da mesma forma. Como você acreditamos que as ações do Estado não devem ser realizadas da forma com que foram feitas. Entendemos que há dois lados, e nossa luta é para que todos os lados vivam em uma sociedade mais harmônica e possível. Viva a diferença!
O fato dos Hippies ocasionalmente utilizarem a Praça como mictório mostra que há uma falta de banheiros públicos que atendam a demanda dos freqüentadores do local. E o fato de usarem drogas, bem, se você estivesse em Chicago há alguns anos atrás poderia ser perseguido e preso pela polícia se estivesse tomando um Chopp em qualquer lugar da cidade. Quem sabe o mundo não ficará melhor daqui para frente. Concordamos que, por outro lado, é preciso intervir para que a Praça continue sendo espaço de todos. Percebemos que os hippies estão particularizando a Praça dificultando a apropriação de outros freqüentadores, como por exemplo os skatistas, somos contra esta atitude, mas acreditamos no dialogo, antes de qualquer ação a força da Polícia.
Abraços!
MARCIO DITADOR, MARCIO MENTIROSO, MARCIO AECIO NEVES LACERDA, MARCIO PISCA-PISCA, MARCIO NÃO É DAQUI ENTÃO FORA DAQUI PRA SEMPRE!
INcrível!O que esse tal de Lacerda prometeu para a saude pública não tá no gibi,mas a verdade é que no SUS só atende quem tá morrendo e olhe lá.